Um espaço dedicado às minhas presunções e reflexões sobre os mais diversos filmes que eu, viciado em cinema, vi, vejo e verei. Assim, posso tentar estipular um debate bacana sobre o cinema em si.

segunda-feira

Pacto Sinistro (Hitchcock)

Prezados,

Pretendo agora retornar de maneira definitiva e regular, mesmo não disponibilizando de internet em casa.

Tenho visto mais filmes ultimamente, até para começar a me aquecer para o ingresso na área do cinema, e assim revendo clássicos, cults, filmes hollywoodianos e brasileiros, tentando ao máximo comentar e também tentando incluir aqui também trailers e imagens, conforme eu for me familiarizando com este espaço.

Enfim, vamos lá:

- PACTO SINISTRO
De: Alfred Hitchcock
Com: Farley Granger, Ruth Roman, Robert Walker



Esse filme foi o primeiro que peguei, na minha nova onda de rever títulos de Alfred Hitchcock, e confesso a vocês que foi bem legal rever uma trama bem feita e principalmente a atuação de um grande vilão do cinema (Bruno Anthony, interpretado por Robert Walker), num enredo na prática simples, porém cheio de simbolismos, que são traços já marcantes da escritora Patricia Highsmith (que escreveu também o livro de O Talentoso Ripley).


A trama, baseada no "Crimes Cruzados" (uma pessoa se livra do incômodo da outra e vice-versa), proposto pelo playboy afetado Bruno para o famoso tenista amador Guy (inetrpretado por Farley Granger - aqui, a sensação de fragilidade que ele impõe a seus personagens é essencial para a construção do tenista que foi posto numa arapuca criminosa).


Existem cenas clássicas do cinema hitchcockiano, como a morte de Miryam, da perspectiva dos óculos fundo de garrafa da personagem, caídos no gramado no momento do estrangulamento; a cena onde a sombra de Bruno se interpõe à sombra do barquinho do amor logo à sua frente, seguido de um grito; a cena onde Guy vê Bruno o observar, da platéia do jogo de Tênis, impassível diferente dos demais que perseguem a bola com o olhar; e o clímax no carrossel, onde dizem que não foi usado dublê para o idoso que desliga o equipamento.


Um grande filme de suspense, um tanto esquecido, que baseou o argumento da comédia "Jogue a Mamãe do Trem", de Danny DeVito.
Aqui vai a cena da partida de tênis, um dos momentos marcantes do filme:


Buenas,

Cadu

sexta-feira

Errei três..

Bem, de volta, de maneira bem rápida.

Numa conferida nos resultados do Globo de Ouro, vi que errei apenas três categorias: Melhor Diretor, Melhor Atriz (Comédia/Musical) e Melhor Canção. O que me anima a tentar fazer apostas no Oscar também, mesmo tendo categorias bem difíceis de analisar. Em breve postarei minhas opiniões.


Buenas,

Cadu

terça-feira

Limitações e o Globo de Ouro

Caros leitores órfãos,

Pois é, mais uma vez tentando voltar a escrever neste espaço, elogiado porém não atualizado. Volto para comentar cinema, como é a finalidade deste blog, porém constatando os tempos difíceis do cinema hoje, no plano hollywoodiano.

Dar uma pequena olhada nos indicados ao Globo de Ouro deste ano dá uma noção do que há por vir, e também das atuais limitações do cinema. O legal é ver despontar cinema em outros países, alguns se atrevendo a competir, em termos de qualidade (e não econômicos ou de arrecadação, CLARO), com os grandes filmes hollywoodianos.

Ou seja, somos reféns de Scorsese, Almodóvar, Eastwood, com alguns ascendentes como Alejandro González Iñarritu, Bill Condon, como também o próprio Todd Field.(Pecados Íntimos). Diretores surgindo, com seus estilos, e alguns já se tornando reféns dele (e incluo Almodóvar nessa com certeza). E quem dá aulas de como ser audacioso em termos de formas de cinema e entretenimento, como o mais novo bad boy e odiado de Hollywood, Mel Gibson, e o mexicano Guillermo Del Toro.

Na interpretação, qual seria a surpresa, se mais uma vez não constasse dentre os indicados Meryl Streep, Jack Nicholson e Judi Dench? Com certeza a surpresa desagradável é ver Beyoncé e Ben Affleck entre possíveis favoritos a prêmios.

Cá entre nós: que saudades dos anos 70....

Coloco abaixo os indicados e meus favoritos, lembrando aos leitores que trata-se de um prêmio dado pela imprensa norte-americana, e não pela Academia, o que poderá parecer um pouco de incoerência, porém esses prêmios são assim mesmo:

OS INDICADOS AO GLOBO DE OURO 2007

Melhor Filme - Drama

- Babel (filme de Iñarritu, sobre um fato fortuito que acarreta efeitos em escala global)
- Bobby (dirigido por Emilio Estevez, sobre momentos antes da morte de Robert Kennedy)
- Os Infiltrados (filme de Scorsese, sobre as vidas de um policial infiltrado na máfia e um mafioso infiltrado na polícia, e suas vidas lidando com essas situações)
- Pecados Íntimos (novo filme de Todd Field, sobre infidelidade conjugal entre vizinhos)
- The Queen (filme de Stephen Frears sobre a Rainha Elizabeth, no momento da morte da Princesa Diana)

*Opinião Do Cinéfilo:*
Neste quesito, na minha opinião existe uma clara disputa entre o filme de Iñarritu e o filme de Scorsese. Vale destacar que Pecados Íntimos e The Queen também correm por fora e próximos dos favoritos, junto com o alardeado Bobby (bem elogiado por alguns, detestado por outros, esperava mais indicações pela temática do filme). Sou fã de Scorsese, sempre torço pelos filmes dele, mas acho que esta estatueta fica com Babel, de Alejandro González Iñarritu.

Melhor Atriz – Drama

- Penélope Cruz (Volver)
- Judi Dench (Notes on a Scandal)
- Maggie Gyllenhaal (Sherrybaby)
- Helen Mirren (The Queen)
- Kate Winslet (Pecados Íntimos)

*Opinião Do Cinéfilo*
O favoritismo absoluto, presente nos dois últimos anos nos prêmios de Melhor Ator com Jamie Foxx (Ray) e Philip Seymour Hoffman (Capote) parece que pulou para o lado feminino neste ano, com a premiadíssima e elogiadíssima atuação de Helen Mirren como a Rainha Elizabeth em The Queen. Kate Winslet (como a vizinha que causa a discórdia conjugal em Pecados Íntimos) e Judi Dench correm por fora, em participações de filmes com boa repercussão na crítica, porém com interpretações de menor vulto junto com a personificação de Helen Mirren como a Rainha da Inglaterra. A talentosa Maggie Gyllenhall e Penélope Cruz com sua personificação de Sofia Loren espanhola, são as azaronas. Com isso é barbada, a estatueta é de Helen Mirren (The Queen)

Melhor Ator – Drama

- Leonardo DiCaprio (Diamante de Sangue)
- Leonardo DiCaprio (Os Infiltrados)
- Peter O'Toole (Vênus)
- Will Smith (À Procura da Felicidade)
- Forest Whitaker (The Last King of Scotland)

*Opinião do Cinéfilo*
Leonardo DiCaprio é o nome em destaque dentre os indicados para Melhor Ator dramático neste ano, porém mais em quantidade do que em qualidade. Apesar do visível esforço feito por Di Caprio (bastante elogiável por sinal em Os Infiltrados), acho que a disputa se dará entre Will Smith (sua atuação junto com seu filho – nas telas e também na vida real- no filme À Procura da Felicidade foi surpreendente) e Forest Whitaker, que depois de anos tem espaço para mostrar seu talento em The Last King of Scotland. Peter O´Toole é o azarão nesta, apesar de seu incontestável talento, em Venus.
Considero este um palpite difícil, já que, se Forest Whitaker tem sido o grande favorito desde antes das indicações para o Globo de Ouro, Will Smith hoje cresce na mídia com o seu papel “pai herói”. Palpitarei, meus caros, então pela qualidade, sem influências de mídia, sabendo que existe chance de erro: Forest Whitaker (The Last King Of Scotland)

Melhor Filme - Comédia ou Musical

- Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan (comédia em estilo documentário sobre um cidadão do Cazaquistão aprendendo a cultura americana, arrebatou milhares de fãs antes de estrear pelo youtube e muito elogiado pela imprensa norte-americana)
- O Diabo Veste Prada (filme pop sobre livro pop, sobre o mundo da moda, elogiado pela critica e sucesso de publico)
- Dreamgirls - Em Busca de um Sonho (musical dirigido pelo excelente e ascendente diretor Bill Condon, que parece ser o nome a ser derrubado no Oscar pelos concorrentes, segundo a imprensa internacional)
- Pequena Miss Sunshine (filme independente bastante elogiado, marcado por grandes atuações individuais e coletivas, além do excelente roteiro)
- Obrigado por Fumar (filme sensação nos festivais independentes, com críticas ácidas ao tabagismo)

*Opinião do Cinéfilo*
Dreamgirls é o franco-favorito. Então vamos aos demais, acho que O Diabo Veste Prada e Borat são filmes aclamados pelo público, e Pequena Miss Sunshine e Obrigado por Fumar, pela crítica especializada. Já Dreamgirls surge como o grande papão de estatuetas de 2007, então nada mais natural que o blogueiro aqui apostar que esta estatueta vai para Dreamgirls, de Bill Condon.


Melhor Atriz - Comédia ou Musical

- Annette Bening (Correndo com Tesouras)
- Toni Collette (Pequena Miss Sushine)
- Beyoncé Knowles (Dreamgirls - Em Busca de um Sonho)
- Meryl Streep (O Diabo Veste Prada)
- Renée Zellweger (Senhorita Potter)

*Opinião do Cinéfilo*
Apesar do clamor popular pela interpretação de Meryl Streep, e pela surpreendente indicação de Beyonce Knowles, acredito no poder da interpretação de Annette Bening, muito elogiada pela critica por seu papel em Correndo com Tesouras. Renee Zellweger e Toni Collette são boas atrizes, porém são azaronas nesta disputa. Como não me atrevo a indicar Beyoncé (nem como cantora eu indico!), e mesmo achando que Meryl Streep é quase sinônimo de boa interpretação, eu voto em Annette Bening (Correndo com Tesouras), até porque pesa a favor dela o fato do seu marido, Warren Beatty, ser o grande homenageado desta edição do Globo de Ouro.

Melhor Ator - Comédia ou Musical

- Sacha Baron Cohen (Borat)
- Johnny Depp (Piratas do Caribe - O Baú da Morte)
- Aaron Eckhart (Obrigado por Fumar)
- Chiwetel Ejiofor (Kinky Boots)
- Will Ferrell (Mais Estranho que a Ficção)

*Opinião do Cinéfilo*
Mais um quesito com um possível grande favorito, mesmo com a força de Jack Sparrows de Johnny Depp (indicado mais pelo personagem do que pela atuação neste filme) e com os elogios da crítica a defensor do tabagismo de Aaron Eckhart, realmente parece que não vai ter para ninguém: Sacha Baron Cohen (Borat) é o dono desta estatueta, até que digam o contrário.

Melhor Animação
- Carros
- Happy Feet - O Pingüim
- A Casa Monstro

*Opinião do Cinéfilo*
Este prêmio busca premiar a melhor animação pelo seu conjunto da obra, tanto técnico quanto dramático. Apesar da superioridade na parte dramática de Happy Feet, o aspecto técnico de A Casa Monstro e Carros o supera, de longe. E como Carros não fica tão longe de Happy Feet no que tange enredo, acho que quem leva essa é Carros.

Melhor Filme em Língua Estrangeira

- Apocalypto (EUA) – novo filme de Mel Gibson, sobre conflitos tribais na América do Sul, falado em língua aborígene
- Letters from Iwo Jima (EUA/Japão) – filme japonês de Clint Eastwood, sobre a batalha de Iwo Jima sob o ponto de vista japonês
- The Lives of Others (Alemanha) – considerado o melhor filme europeu para concorrer ao Oscar
- O Labirinto do Fauno (México) – Fantasia sombria e pesada do bom diretor mexicano Guillermo Del Toro
- Volver (Espanha) – Filme de Almodóvar, sobre a volta da mãe, querida por duas irmãs e uma menina

*Opinião do Cinéfilo*
Com certeza o mais difícil dos tópicos, já que existem muitas subjetividades para optar por algum. O critério do Globo de Ouro para escolha dos filmes estrangeiros nem deu chance ao candidato tupiniquim Cinema, Aspirinas e Urubus (que é muito bom, diferente de muitos que já foram indicados), e a filmes fora do cerco americano. O que ganha nessa disputa? A filmografia de Pedro Almodóvar? O talento ascendente de Guillermo Del Toro, ou o cinema ascendente alemão?A audácia cinematográfica de Mel Gibson, ou a competência mais do que reconhecida de Clint Eastwood? Vejo o filme alemão como o azarão, por ser o mais “estrangeiro” de todos. Almodóvar, mesmo com seu peso cinematográfico, fica para trás nessa disputa, mesmo com as ejaculações precoces da mídia a seu respeito. Dos que restaram, temos dos representantes de formas de se fazer cinema e expor dramas de maneira criativa (Del Toro e Gibson), e um pela forma convencional e eficiente de expor as vísceras das emoções (Clint Eastwood). Torço pelos dois representantes da vontade de criar e fazer algo diferente, mas acho que nessa, assim como em outros prêmios da crítica até então, vai dar Letters from Iwo Jima (EUA/Japão), de Clint Eastwood, que tem tudo, na verdade, para ser o grande rival de Dreamgirls no Oscar de 2007.

Melhor Atriz Coadjuvante

- Adriana Barraza (Babel)
- Cate Blanchett (Notes on a Scandal)
- Emily Blunt (O Diabo veste Prada)
- Jennifer Hudson (Dreamgirls - Em Busca de um Sonho)
- Rinko Kikuchi (Babel)

*Opinião do Cinéfilo*
Na minha opinião uma disputa fraca, talvez representada pela hegemonia da ex-American Idol Jennifer Hudson, por Dreamgirls, nesta categoria. Talvez Cate Blanchett, ancorada pelo sempre bom texto de Patrick Marber em Notes on a Scandal, possa dar certa emoção nessa disputa, pois as demais não chegam a assustar a favorita (mesmo com o selo Iñarritu para a atuação de Kikuchi, fazendo uma surda-muda, e Barraza em Babel). Com isso, de maneira discreta, acredito que Jennifer Hudson (Dreamgirls) será a vencedora.

Melhor Ator Coadjuvante

- Ben Affleck (Hollywoodland - Bastidores da Fama)
- Eddie Murphy (Dreamgirls - Em Busca de um Sonho)
- Jack Nicholson (Os Infiltrados)
- Brad Pitt (Babel)
- Mark Wahlberg (Os Infiltrados)

*Opinião do Cinéfilo*
Outra categoria de muita disputa. Lendo os nomes envolvidos, é de se estranhar, já que um dos nomes é Jack Nicholson. Mas não dá para simplesmente ignorar os demais. Começando por Ben Affleck, vencedor em Veneza por sua performance como o mito da TV americana, George Reeves, em Hollywoodland. Um péssimo ator, numa atuação elogiada pela crítica e já reconhecida por um importante prêmio. Passando por Brad Pitt, que mesmo sendo um sex symbol, tem atuação acima da média em vários filmes, como Os 12 Macacos (pelo qual foi indicado ao Oscar) e vários bons filmes, épicos, bizarros, água com açúcar ou blockbusters. E em Babel, tem um potencializador de talentos como Iñarritu, o que provavelmente alavancou essa indicação. Temos também Mark Whalberg, que mesmo com uma atuação pequena, marca sua participação em Os Infiltrados, como o personagem explosivo padrão de Scorsese, marcado pelas atuações de Joe Pesci. Temos também a ressurreição de Eddie Murphy, ícone da comédia dos anos 80, num personagem dramático muito elogiado na atuação e nas performances musicais (uma delas indicadas como Melhor Canção) em Dreamgirls. Ah, e temos também o Jack Nicholson....preciso comentar a atuação de Jack Nicholson, em sua primeira parceria com Martin Scorsese, também em Os Infiltrados?? Só digo que manteve seu nível pra lá de excepcional. Como Nicholson é hours concours, acho que vai dar Eddie Murphy (Dreamgirls), tanto pelo peso de seu ressurgimento em Hollywood, como também pela polivalência de sua performance no filme.

Melhor Diretor

- Clint Eastwood (A Conquista da Honra)
- Clint Eastwood (Letters from Iwo Jima)
- Stephen Frears (The Queen)
- Alejandro González Iñárritu (Babel)
- Martin Scorsese (Os Infiltrados)

*Opinião do Cinéfilo*
Uma categoria de alto nível técnico, seja pela presença dupla de Clint Eastwood (diferente de DiCaprio, uma presença forte em número e qualidade), seja pela presença do mestre Martin Scorsese, seja pelas presenças de ótimos diretores que lidam bem com atores, como Stephen Frears e Alejandro González Iñarritu, diferentes épocas, porém de bastante qualidade. Lamentável, talvez, é a ausência de Bill Condon e Todd Field nesta boa disputa, mas a credibilidade dos nomes envolvidos até nos fazem esquecer estas ausências (embora ache que uma das indicações de Eastwood poderia ir para Condon). Escolher o ganhador desta disputa é olhar os filmes em que estes diretores estão atuando, e também optar em qual obra a habilidade do diretor foi mais exigida. Neste ponto, acho que Iñarritu e Eastwood pulam à frente, com Babel e Letters from Iwo Jima, por lidar com mulitculturalidades com maestria. Frears tem o desafio de mostrar como é a principal autoridade de seu país num momento delicado para sua autoridade, na morte de Lady Diana, e o fez muito bem em parceria com o bom roteiro de Peter Morgan. E Scorsese fez seu habitual feijão com arroz que é superior a muitas obras- primas por aí. Difícil optar, não? Torço sempre por Scorsese, tenho muita simpatia com a filmografia e o talento de Iñarritu, mas eu palpito por Clint Eastwood (Letters from Iwo Jima), pela sua credibilidade em termos de cinema competente e sensível, mesmo com um tema abrupto como a guerra.

Melhor Roteiro

- Guillermo Arriaga (Babel)
- Todd Field & Tom Perrotta (Pecados Íntimos)
- Patrick Marber (Notes on a Scandal)
- William Monahan (Os Infiltrados)
- Peter Morgan (The Queen)

*Opinião do Cinéfilo*
Disputa interessante, porém já descarto Arriaga e Monahan, o primeiro por ser refém de um estilo de narrativa, e o segundo pela falta de brilho com que adaptou uma obra oriental, deixando a adaptação similar demais ao original. Patrick Marber é um notório autor teatral, mas pesa contra ele a grande qualidade de seus rivais. Field e Perrotta fizeram uma parceria que rendeu um grande e bem amarrado roteiro para Pecados Íntimos, com temática bem pesada emocionalmente ao estilo do diretor Todd Field. Já Peter Morgan fez um grande roteiro já reconhecido pela crítica especializada, o que faz dele, Peter Morgan (The Queen), como o ganhador da estatueta.


Melhor Trilha Sonora

- Alexandre Desplat (The Painted Veil)
- Clint Mansell (Fonte da Vida)
- Gustavo Santaolalla (Babel)
- Carlo Siliotto (Nomad)
- Hans Zimmer (O Código Da Vinci)

*Opinião do Cinéfilo*
Esta categoria é uma que não tenho muito embasamento em opinar, mas a mídia especializada diz que Desplat é o grande favorito, com talvez a revelação Mansell vindo por fora, com uma trilha sonora que remete muito, talvez, a filmes de Kubrick. Mas ficarei com os especialistas: Alexandre Desplat (The Painted Veil).

Melhor Canção

- "A Father's Way" (música de Seal e Christopher Bruce, letra de Seal) - À Procura da Felicidade
- "Listen" (música e letra de Henry Krieger, Anne Preven, Scott Cutler e Beyoncé Knowles) - Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
- "Never Gonna Break My Faith" (música e letra de Bryan Adams, Eliot Kennedy e Andrea Remanda) - Bobby
- "The Song of the Heart"
(música e letra de Prince Rogers Nelson) - Happy Feet - O Pingüim
- "Try Not to Remember" (música e letra de Sheryl Crow) - Home of the Brave

*Opinião do Cinéfilo*
Disputa clara entre as canções de Happy Feet e Dreamgirls. Como as grandes características de Dreamgirls é boa direção musical, a surpreendente atuação (?) de Beyonce Knowles e Jennifer Hudson, e a polivalência inesperada de Eddie Murphy, participando ativamente na interpretação de algumas canções, faz de “Listen” (música e letra de Henry Krieger, Anne Preven, Scott Cutler e Beyonce Knowles)., do filme Dreamgirls, o meu palpite para este prêmio.


Buenas

domingo

Uma semana com um ar de insólita

Meus caros,

Volto depois de uma semana vendo bons e peculiares filmes, e nessa ciranda eu incluí desde um bom filme dos irmãos Coen (talvez o melhor), um filme de Cronenberg e um filme que nos resgata a esperança de que o bom cinema nunca morrerá: A Lula e a Baleia. Vamos lá:

- CINEMA

A LULA E A BALEIA ****
De: Noah Baumbach
Com: Jeff Daniels, Laura Linney, Jesse Eisenberg, Owen Kline, Halley Feiffer, Anna Paquin, William Baldwin
Sinopse: Brooklyn, 1986. Bernard Berkman (Jeff Daniels) já foi um romancista de grande sucesso, sendo que sua esposa Joan (Laura Linney) começa a despontar na área. Tanto Bernard quanto Joan já desistiram de seu casamento, com ambos deixando seus filhos, Walt (Jesse Eisenberg) e Frank (Owen Kline), à própria sorte. Para Walt esta situação serve como aprendizado e amadurecimento, mas para Frank trata-se de uma transição complicada pela qual será obrigado a passar

Opinião: Este filme independente, produzido por Wes Anderson (Excêntricos Tenenbauns, A Vida Marinha de Steve Zissou - já comentado neste blog) e dirigido pelo estreante Noah Baumbach, é um filme muito bem realizado pelo baixo orçamento envolvido, com boas doses de atuação do seu elenco (bom como um todo, mais ainda se focarmos na família Berkman), e na minha opinião muito injustiçado pelos membros da Academia, por só ter concorrido ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Porque além de um bom roteiro e excelentes atuações, o filme também é muito defeito, Noah coloca o espectador no meio dos anos 80, os detalhes de linguagem e cenários remetem a essa época, e a problemática do divórcio nesse período, e principalmente a questão da guarda compartilhada, é bem enfocada.

O amadurecimento dos garotos, forçado pelo desmantelamento da estrutura familiar com a separação de Bernard e Joan, é a grande presença no filme, é o que torna de certa forma tocante, e de certa forma real. Realmente Noah seguiu muito bem a cartilha de Wes Anderson, e talvez até a tenha superado pelo tamanho talento em fazer de um filme denso um filme perfeitamente ingerível aos olhos do espectador comum.

Curiosidades:
O título se refere a um premiado painel que mostra uma lula gigante lutando contra uma baleia, disponível no American Museum of Natural History. Este painel é mostrado na última cena de A Lula e a Baleia.
- Laura Linney recebeu o roteiro de A Lula e a Baleia em 2000, entregue pelo também ator Eric Stoltz, com quem estava contracenando em A Essência da Paixão. A atriz aceitou trabalhar no filme imediatamente.
- Foi rodado em apenas 23 dias.
- O orçamento de A Lula e a Baleia foi de apenas US$ 1,5 milhão.

- DVD

FARGO ****
De: Joel Coen
Com: Frances McDormand, William H. Macy, Steve Buscemi, Peter Stormare
Sinopse: Em 1987 em Fargo, no Dakota do Norte, o gerente (William H. Macy) de uma revendedora de automóveis, ao se ver em uma delicada situação financeira, elabora o seqüestro da própria esposa (Kristin Rudrud) e faz um acordo com dois marginais, que ganhariam um carro novo e metade dos 80 mil dólares que seriam pagos pelo seu sogro, um homem muito rico. Mas uma série de acontecimentos não previstos cria logo de início um triplo assassinato e uma chefe de polícia grávida (Frances McDormand) tenta elucidar o caso, que continua provocando mais mortes.

Opinião: Os irmãos Coen Permeiam sua filmografia com flertando com diversos gêneros, e demonstrando diversos estilos de argumentação e movimento de câmera. Mas talvez Fargo seja a mais genuína assinatura dos irmãos Coen no cinema, seja pelo excelente roteiro (onde silhuetas de linguagem regionais do sul dos EUA, o interlace dos personagens, e também a estrutura dos personagens são delineados com perfeição), seja pela excelente direção (os atores estão á vontade em seus papéis), seja pela fotografia (o ambiente opaco e calmo do frio da região, contrastando com a violência e com o sangue jorrado), seja pela própria trilha sonora (do sempre envolvente Carter Burwell), tudo se encaixa perfeitamente nesse excelente longa, indicado a vários Oscars com justiça, porém só levando o de Melhor atriz (Frances Mc Dormand, muito bem) e pelo explêndido roteiro original, talvez este o Oscar mais emblemático para o verdadeiro valor do filme, como também foi ganhador do pr~emio de Melhor Direção em Cannes.

Curiosidades:
- As filmagens das cenas externas de Fargo tiveram que ocorrer em vários lugares diferentes em Minnesota, na Dakota do Norte e no Canadá, pois como a primavera estava se aproximando a neve dos locais de filmagens estavam começando a derreter.
- Apesar do filme declarar ser baseado numa história verídica, a história de Fargo foi na verdade elaborada pelos próprios irmãos Coen, roteiristas do filme.

MARCAS DA VIOLÊNCIA ****
De: David Cronenberg
Com: Viggo Mortensen, Maria Bello, Ed Harris, William Hurt
Sinopse: Tom Stall (Viggo Mortensen) leva uma vida tranquila e feliz na pequena cidade de Millbrook, no estado de Indiana, onde mora com sua esposa Edie (Maria Bello) e seus dois filhos. Um dia esta rotina de calmaria é interrompida quando Tom consegue impedir um assalto em seu restaurante. Percebendo o perigo, Tom se antecipa e consegue salvar seus clientes e amigos e, em legítima defesa, mata dois criminosos. Considerado um herói, Tom tem sua vida inteiramente transformada a partir de então. A mídia passa a segui-lo, o que o obriga a falar com ela regularmente e faz com que ele deseje que sua vida retorne à calmaria anterior. Surge então em sua vida Carl Fogarty (Ed Harris), um misterioso homem que acredita que Tom lhe fez mal no passado.

Opinião: Um filme muito bem feito pelo singular diretor David Cronenberg (A Mosca, Scanners, Spider). Fugindo um pouco do seu estilo, ele aqui faz um correto drama com momentos de thriller sobre a suposta dupla identidade do personagem principal, o até então pacato Tom Stall, que reage com presteza e frieza a um assalto a sua cafeteria, localiada nuam simpática e pacata cidadezinha do interior. O fato se torna notícia e traz á tona detalhes há muito tempo enterrados, e que o diretor a todo momento faz com que o momento da revelação de que realmente é Tom Stall seja adiado, até que esta revelação se faça da maneira mais crua e violenta possível.
Um drama que merece a devida atenção, e que poderia ser o verdadeiro carro-chefe da campanha anti-armamentação ans vésperas do pleito sobre a comercialização das armas, pois mostra o real efeito que o uso da violência, e como as armas de fogo induzem o ser humano a cometer erros e desgraças. Infelizmente, a mídia preferiu, na época, focar no Senhor das Armas, que também é um bom filme, mas para a conscientização sobre os efeitos das armas no crescimento da violência, esta obra aqui é a mais profunda para qualquer tipo de debate bélico.

Curiosidades:
- Refilmagem de The Fastest Gun Alive (1956).
- O orçamento de Marcas da Violência foi de US$ 32 milhões


Buenas,

Cadu

segunda-feira

Fim de semana de um filme só

Pois é galera, num fim de semana que rolou feijoada e festinha até as 5 da matina com bebida liberada, só tive forças para ver um filme entre um evento e outro, que foi:

- COLATERAL ***
De: Michael Mann
Com: Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett-Smith, Mark Ruffalo, Peter Berg, Javier Bardem

Sinopse: Max (Jamie Foxx) trabalha como motorista de táxi há 12 anos, já tendo levado os mais diversos passageiros a todos os locais de Los Angeles. Porém, em uma noite aparentemente tranquila, ele encontra Vincent (Tom Cruise), um homem que pega o táxi como se fosse um passageiro qualquer. Porém Vincent é um assassino de aluguel, que está na cidade para completar o plano de um cartel do narcotráfico, que está prestes a ser condenado por um júri federal. Vincent precisa matar 5 testemunhas-chave do processo e conta com Max para fugir da polícia local e do FBI, logo após cometer os assassinatos. Obrigado a seguir as ordens de Vincent, Max precisa ainda lidar com a possibilidade de ser morto por seu passageiro a qualquer momento, já que Vincent pode usá-lo para proteção pessoal.

Opinião: Confesso que eu vi esse filme despretensiosamente com a minha mulher no cinema e saí bem impressionado com o filme. Já tinha gostado de filmes anteriores de Michael Mann (Fogo contra Fogo, Ali, O Informante), e com esse não foi diferente. A fotografia, as tomadas e a montagem (indicada ao Oscar) passam bem o ambiente onde se passa a maior parte do filme (o táxi de Max, personagem de Jamie Foxx, indicado ao Oscar de coadjuvante por esse filme, no mesmo ano em que ganhou com o filme Ray, interpretando Ray Charles magistralmente). Aliás, apesar do personagem-central do filme ser Max, quem rouba a cena é Vincent, interpretado por um envelhecido (ou sem Wellaton na cabeça??) Tom Cruise, que mostra muita segurança e desembaraço como o assassino particular. Eu diria que o grande problema do filme é a total falta de carisma de Jamie Foxx com Jada Pinkett-Smith (a Niobe de Matrix), será que Will Smith esteve vigiando a esposa nos sets ??

Curiosidades:
- A versão inicial do roteiro de Colateral dizia que os acontecimentos do filme seriam em Manhattan, na cidade de Nova York. Após a entrada de Michael Mann no projeto a cidade foi substituída por Los Angeles.
- Frank Darabont (diretor e roterista de Um Sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre) chegou a escrever uma das versões do roteiro de Colateral, antes da versão final de Stuart Beattie.
- Russell Crowe (Gladiador) chegou a estar cotado para interpretar o personagem Vincent.
- Adam Sandler (O Paizão) chegou a estar cotado para interpretar o personagem Max.
- Val Kilmer (The Doors) chegou a ser escalado para interpretar o detetive, mas teve que desistir do personagem devido a conflito de datas entre as filmagens de Colateral e Alexandre (2004, de Oliver Stone).
- Dennis Farina (Snatch - Porcos e Diamantes) esteve cotado para ser o substituto de Val Kilmer, perdendo o papel para Mark Ruffalo (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças).
- Cerca de 80% das imagens filmadas em Colateral foram capturadas através de câmeras digitais.
- Tom Cruise adiou o início das filmagens de Missão Impossível 3 para poder atuar em Colateral.
- Inicialmente Hans Zimmer seria o responsável pela trilha sonora de Colateral, tendo sido posteriormente substituído por James Newton Howard.
- O orçamento de Colateral foi de US$ 60 milhões.


Buenas,

Cadu

sexta-feira

A regularidade do talento de M. Night Shyamalan

Brasileirão voltando (q saudades da Copa...rs), pizza brotinho saindo do forno no futebol italiano...bem vamos ao que interessa aqui - FILMES:

DVD - ESPECIAL M. NIGHT SHYAMALAN


- O SEXTO SENTIDO - (The Sixth Sense) ****
De: M. Night Shyamalan
Com: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette






Sinopse: O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.

Opinião: Esse filme de estréia de Shyamalan foi de grande apelo comercial e surpreendeu pela qualidade da história e das performances, onde até Bruce Willis não faz feio. O final surpreendente ajudou e muito a vender o filme, e é realmente impactante (hoje já nem tanto pela quantidade de filmes q usaram da mesma fonte).

Mas aqui Shyamalan já mostra o que é a assinatura de sua filmografia: passar mensagens para o espectador usando o sobrenatural e o fantástico. Esse filme foi indicado a seis Oscar (incluindo Melhor Filme) e a dois Globos de Ouro e vale a pena ser visto e revisto.

Curiosidades:
- O filme inicialmente iria estrear em outubro de 1999. Entretanto, o resultado final animou tanto os executivos que sua estréia foi antecipada em mais de 2 meses, para a concorrida temporada do verão americano
- O ator mirim Haley Joel Osment foi impedido por sua mãe de assistir ao filme por um motivo simples, a censura era 14 anos. Poderia ser que as cenas impressionassem o garoto, por isso Haley não teve a oportunidade de se ver nas telas.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=X3_javlXgDg&mode=related&search=


- CORPO FECHADO (Unbreakable) ****
De: M. Night Shyamalan
Com: Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright Penn


Sinopse: Um espantoso desastre de trem choca os Estados Unidos. Todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunne (Bruce Willis), que sai completamente ileso do acidente, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L. Jackson), um estranho que apresenta uma explicação bizarra para o fato.

Opinião: Esse filme, quando estreou nos cinemas, sofreu do mal do filme anterior de Shyamalan ter feito estrondoso sucesso, pois se criou uma enorme expectativa em torno deste filme. E na verdade, eu mesmo quando vi no cinema achei esse filme um lixo, mas ao vê-lo novamente, encontrei uma das melhores personificações de um super-herói nas telas.

E não falo pelo carisma do personagem principal, que nem é tão grande, mas como se passa de forma realista o surgimento de um herói e de como ele começa a incutir na sua mente que ele realmente é um herói (onde aparece o garoto Spencer Treat Clark, que faz o filho de Willis, com uma bela atuação - quem não conhece, vai lembrar dele em Sobre Meninos e Lobos, onde ele faz um garoto mudo).

Um filme bem legal, na minha opinião, que sempre fui admirador de gibis, e como todas as outras obras do diretor, esse filme passa a mensagem de predestinação e que não se pode fugir do seu destino, pois isso pode lhe trazer a infelicidade.

Curiosidades:
- Inicialmente, a atriz escolhida para interpretar a personagem Megan Dunne (interpretada por Robin Wright Penn) era Julianne Moore, que teve que desistir do papel para poder atuar em Hannibal.
- O diretor M. Night Shyamalan aparece fazendo uma ponta em Corpo Fechado, interpretando um homem revistado por Bruce Willis no estádio onde este trabalha.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=R_f1uCWKZQs

- SINAIS (Signs) - ****
De> M. Night Shyamalan
Com: Mel Gibson, Joaquin Phoenix, Rory Culkin



Sinopse: No condado de Bucks, Pensilvânia, vive Graham Hess (Mel Gibson), um viúvo com seus dois filhos, Morgan (Rory Culkin) e Bo (Abigail Breslin). Também mora com eles Merrill (Joaquin Phoenix), o irmão de Graham. Ele reside em uma fazenda e era o pastor da região, mas recusa ser chamado como padre, pois questionou sua fé desde quando sua mulher, Colleen (Patricia Kalember), foi morta ao ser atropelada por Ray Reddy (M. Night Shyamalan), um morador da região que dormiu enquanto dirigia. Repentinamente os Hess ficam bastante intrigados com o surgimento de misteriosos e gigantescos círculos, que surgem inesperadamente em sua plantação sem que haja o menor vestígio de quem os fez ou por qual motivo teriam sido feitos.

Opinião: Um filme que promete ser um grande filme de ficção na verdade também se mostra um drama muito interessante, onde se discute até onde nos leva a fé. Mel Gibson manda bem como o ex-padre atormentado com o que realmente crê após o acidente trágico com sua esposa.

Muitos dizem que só as grandes adversidades trazem à tona o poder da nossa fé, e a grande adversidade, no caso em tela, é a possível invasão de alienígenas na propriedade do ex-padre. O diretor mantém o nível dos filmes anteriores, ao saber jogar com a curiosidade do expectador nos momentos tensos do filme. Uma excelente obra, com certeza.

Curiosidades:
- O diretor M. Night Shyamalan inicialmente escrevera o roteiro de Sinais pensando em uma pessoa mais velho para protagonizá-lo. Após a contratação de Mel Gibson para o filme, Shyamalan reescreveu o roteiro de forma a adequar o protagonista à idade de Gibson.
- Inicialmente seria o ator Mark Ruffalo quem interpretaria o personagem Merrill Hess (interpretado por Joaquin Phoenix), mas ele teve que deixar o papel devido a problemas de saúde.
- Antes do início das filmagens de Sinais vários campos de milho foram plantados em épocas distintas, para que no filme pudessem ser utilizados na intenção de passar a impressão que ocorreram mudanças de estações no decorrer da história.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=rgHQBNJrOGA


- A VILA (The Village) - ****
De: M. Night Shyamalan
Com: Bryce Dallas Howard, Joaquin Phoenix, Adrien Brody, William Hurt, Sigourney Weaver, Brendan Gleeson


Sinopse: Em 1897 uma vila parece ser o local ideal para viver: tranquila, isolada e com os moradores vivendo em harmonia. Porém este local perfeito passa por mudanças quando os habitantes descobrem que o bosque que o cerca esconde uma raça de misteriosas e perigosas criaturas, por eles chamados de "Aquelas de Quem Não Falamos". O medo de ser a próxima vítima destas criaturas faz com que nenhum habitante da vila se arrisque a entrar no bosque. Apesar dos constantes avisos de Edward Walker (William Hurt), o líder local, e de sua mãe (Sigourney Weaver), o jovem Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) tem um grande desejo de ultrapassar os limites da vida rumo ao desconhecido. Lucius é apaixonado por Ivy Walker (Bryce Dallas Howard), uma jovem cega que também atrai a atenção do desequilibrado Noah Percy (Adrien Brody). O amor de Noah termina por colocar a vida de Ivy em perigo, fazendo com que verdades sejam reveladas e o caos tome conta da vila.

Opinião: Esse filme é muito mais do que um filme sobre um vilarejo amedrontado por monstrinhos, muito mais do que um suspense usual. Na verdade, esse filme é a personificação perfeita do auto-enclausuramento que a sociedade vem sofrendo em virtude da violência. Quem viu o filme deve estar xingando ("caralho, já contou tudo!"), mas acho que esse filme merece que se desfaçam mitos que a grande indústria criou para vender esse filme.

Um grande drama, grandes atuações (a estreante Bryce-Dallas Howard, como a cega Ivy, que depois faria Manderlay, a seqüência de Dogville; o oscarizado Adrien Brody, como o retardado Noah, e William Hurt, como o líder do vilarejo Edward Walker), uma excelente fotografia, que personifica bem o ambiente do vilarejo, e mais uma vez um grande roteiro e direção de M. Night Shyamalan, que não deixa a peteca cair nesse seu quarto grande filme.

Curiosidades:
- O diretor e roteirista M. Night Shyamalan declarou que se inspirou em O Morro dos Ventos Uivantes, para criar a parte dramática de A Vila, e em King Kong, no sentido de ter uma comunidade com medo de criaturas predatórias.
- Inicialmente o filme teria o título original "The Woods", que teve que ser abandonado devido a outro estúdio já ser dono do título.
- Este é o 2º filme em que o diretor M. Night Shyamalan e o ator Joaquin Phoenix trabalham juntos. O anterior fora Sinais (2002).
- A atriz Kirsten Dunst estava escalada para atuar em A Vila, mas desistiu da personagem para poder atuar em Tudo Acontece em Elizabethtown. Bryce Dallas Howard foi escalada no lugar de Kirsten Dunst sem nem ao menos realizar um teste de cena.
- Este é o 1º de 2 filmes em que o diretor M. Night Shyamalan e a atriz Bryce Dallas Howard trabalham juntos. O posterior foi A Dama na Água (ainda inédito no Brasil).
- Ashton Kutcher (The 70´s Show) esteve cotado para atuar em A Vila.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=VZBxfntDq3M


- DVD - OUTROS TÍTULOS INTERESSANTES

- A JANELA SECRETA (The Secret Window) ***
De: David Koepp
Com: Johnny Depp, John Turturro, Maria Bello, Timothy Hutton
Sinopse: Mort Rainey (Johnny Depp) é um escritor em crise, que acaba de se separar de sua esposa (Maria Bello) após tê-la flagrado com outro homem. Mort decide se isolar em uma cabana à beira do lago Tashmore, em busca de tranquilidade. Porém lá aparece John Shooter (John Turturro), que começa a atormentá-lo ao acusá-lo seguidamente de plágio.

Opinião: Um belo exemplar de suspense, com os sempre ótimos atores Johnny Depp e John Turturro fazendo um duelo psicológico e eletrizante sobre os direitos de uma obra. Os embates entre os seus respctivos personagens, e as cenas de solidão que o personagem de Depp vive em sua crise de criaitividade na cabana isolada, são pontos altos deste filme. Final surpreendente, filme muito divertido, embora simples.

Curiosidades:
O ator Ving Rhames (Pulp Fiction e os filmes de Missão Impossível) chegou a acertar sua participação em Janela Secreta, mas teve que desistir do personagem devido a problemas de agenda.

- A MORTE E A DONZELA (Death and the maiden) ****
De: Roman Polanski
Com: Sigourney Weaver, Ben Kingsley, Stuart Wilson
Sinopse: Em um país sul-americano após a queda da ditadura Paulina Escobar (Sigourney Weaver), a mulher de Gerardo Escobar (Stuart Wilson), um famoso advogado, fica sabendo no rádio que Gerardo deverá chefiar as investigações das mortes ocorridas no regime militar. Quando Gerardo chega ela o vê acompanhado de um estranho que o socorreu na estrada, mas quando o desconhecido retorna à casa ela o identifica pela voz como sendo Roberto Miranda (Ben Kingsley), o homem que a torturou e a estuprou quando ela fazia militância política. Paulina decide então "julgá-lo" ali mesmo, apesar dos protestos do marido, que considera sua atitude precipitada além do fato do acusado alegar inocência.

Opinião: Este fime, dentro da filmografia do excelente diretor Roman Polanski, é tratado como um filme secundário, mas é, para mim, o um filme belíssimo, um drama político e tenso, onde Sigourney Weaver e Ben Kingsley travam um bom duelo de interpretação no debate de suas vidas no passado, das torturas que a personagem principal sofreu em sua militância na época da ditadura (que me parece ser o Chile a base, apesar de não se citar o país em que os personagens vivem). O clima claustrofóbico da casa isolada na beira de um penhasco que dá com o mar traz a tensão necessária para se prender a atenção até o fim, além da excelente ópera, que dá o título ao filme, que se apresenta no início e no fim do filme.



Buenas,

Cadu

quarta-feira

Volta de longo e tenebroso inverno

Volto depois de longo e tenebroso inverno (exceto pela Copa, q foi legal e faz a Terra parar, assim como o Superman quando voa em sentido contrário à rotação da Terra), e voltei vendo vários e diversos filmes:

CINEMA:

- X-Men 3 - O Confronto Final **
De: Brett Ratner
Com: Hugh Jackman, Halle Berry, Ian Mc Kellen, Patrick Stewart, Famke Janssen

Primeiro vamos dar descontos:

- A pretensão dos produtores de resumir a Saga da Fênix Negra em um filme
- O troca-troca de diretores em cima da hora entre Superman e X-Men (e X-Men saiu perdendo de muito)
- O excesso de personagens num filme só, mesmo q bem escolhidos (O Anjo foi um desperdício bizarro!)

Agora vamos ao filme: Achei, sinceramente, inferior aos demais, principalmente porque X-Men 2 foi MUITO bom, e abriu várias possibilidades, e esse filme não agarrou nenhuma, fez resumos de várias histórias, achei q ficou uma colcha de retalhos. Já os efeitos especiais e de som são muito bons, Magneto aparece finalmente em sua plenitude dos poderes.

Mas no final das contas, deu aquele sentimento de que faltou algo, faltou um Tchan para o filme manter a pegada. Uma pena, e tomara q a série se recupere em conteúdo (pq na forma até q se manteve).

- DVD

- MATCH POINT ****
De: Woody Allen
Com: Jonathan Rhys-Meyers, Scarlett Johansson, Emily Mortimer, Brian Cox

Dizem q em termos espíritas (relembrando: sou ATEU), tem pessoas q não batem com outras, antipatia espiritual talvez. E eu assumo q tenho isso com as obras de Woody Allen. Bem, na verdade tinha: Match Point me salvou dessa linha.

O roteiro é maravilhoso (embora bem baseado em Pacto Sinistro, de Hitchcock, e no livro Crime e Castigo, do Dostoievski), as atuações representam bem o q Woody Allen queriam nos personagens, em especial o triângulo principal.

E o jogo amoroso, conflitante com os jogos de interesse social, de Chris (Meyers) é o grande lance do enredo, q nos coloca realmente numa espécie de jogo de tênis, onde a sorte se mostra fundamental. E Scarlett Johansson, sedutora e irritantemente irresistível, tanto na beleza quanto na atuação em si.

Vale destacar também a dupla de policiais no desfecho do filme, lembrando o bom e velho humor britânico

Curiosidade: Kate Winslet (Titanic) poderia fazer o papel de Chloe, esposa de Chris. O filme ganharia muito com sua presença!

- O EXORCISMO DE EMILY ROSE ***
De: Scott Derricksson
Com: Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott

Primeiro aviso: é um filme de tribunal. O que o faz um filme de terror é o que está em julgamento: um padre é julgado por desprezar medidas médicas e praticar o exorcismo em jovem (com a anuência dela e da família), que acaba morrendo. E é baseado em uma história verídica q aconteceu nos anos 70 com uma jovem alemã.

O interessante no filme são os fatos trazidos de cunho antropológico e médico sobre o exorcismo, além da eterna discussão da ética no Direito e também da atuação da Arquidiocese em casos polêmicos. Vale uma conferida se tiver resistência a uns sustinhos.

NEM TUDO É O QUE PARECE **
De: Mathew Vaughn
Com: Daniel Craig, Michael Gambon, Sienna Miller

Na verdade aluguei esse filme pelo q vendia-se sobre ele: que é um filme do mesmo estilo de dois clássicos: Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch. Porém, começa que o diretor dos dois clássicos, Guy Ritchie, teve que abandonar o projeto por problemas pessoais (leia-se Madonna). E o filme, por isso, não segue o mesmo ritmo dos outros dois.

Tem pontos interessantes, como o estilo de narrativa pelo protagonista (Daniel Craig, que não tem carisma nenhum, tô com medo do novo James Bond que vem por aí...), algumas tomadas de câmera, mas a história é confusa e lenta demais para o estilo que o filme vende por aí. Ou seja, o título do filme retrata bem o que é o filme: nem tudo é o que parece....

DOMINO *
De: Tony Scott
Com: Keira Knightley, Mickey Rourke, Delroy Lindo

Uma história verídica muito interessante: filha de ator hollywoodiano com modelo rompe com seu estilo de vida ao largar a vida burguesa e entrando no mundo dos caçadores de recompensa. É difícil de acreditar, mas a base da história é verídica.

Porém, o que há de interessante nesse filme para por aí: Tony Scott repete á exaustão o estilod e filmagem q fez em "Chamas da Vingança", e isso dificulta tentar gostar do filme, quem me conhece sabe como é difícil eu não gostar de um filme. As piadinhas com "Barrados no Baile" também cansam, e as cenas de ação me lembram a câmera de Bruxa de Blair.

Enfim: Tony Scott já foi melhor...

Na próxima faço um pacotão M. Night Shyamalan, com minha opinião sobre Sinais, Corpo fechado, Sexto Sentido e A Vila, só para aquecer para a estréia do novo filme dele, A Dama na Água, que deve estrear daqui a pouco nos cinemas por aqui.

E ainda comentarei A Janela Secreta, com Johnny Depp, e A Morte e a Donzela, esse uma relíquia de Roman Polanski, com a Sigopurney Weaver.

Buenas,

Cadu